Melhor Ator Coadjuvante
-Matt Damon (Invictus)
-Woody Harrelson (O Mensageiro)
-Stanley Tucci (Um Olhar do Paraíso)
-Christopher Plummer ("The Last Station")
-Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)
Não conferi o trabalho de Woody Harrelson, Stanley Tucci ou Christopher Plummer. Deste último, eu gostaria de ter conferido, se The Last Station tivesse dado algum sinal de vida por aqui, afinal, é o único que faz frente ao favoritíssimo Christoph Waltz. Mas, sejamos justos e sinceros, o trabalho de Waltz foi tão bom que não dá pra imaginar alguém superando. É, sem dúvida, digno do Oscar, é só o que se pensa durante o filme inteiro, quando ele rouba totalmente a cena do carimbado Brad Pitt. Waltz fez um personagem odiável por natureza, mas conseguiu fazer com que a gente amasse odiá-lo, e chega até a ser chato pensar que o insosso papel de Pitt possa triunfar sobre ele.
Melhor Atriz Coadjuvante-Penelope Cruz (Nine)
-Vera Farmiga (Amor Sem Escalas)
-Maggie Gyllenhaal (Coração Louco)
-Anna Kendrick (Amor Sem Escalas)
-Mo’Nique (Preciosa)
Tenho a satisfação de dizer que pude ver o trabalho das 5 candidatas. Gostei do trabalho da Maggie Gyllenhaal, mereceu a indicação. Penelope Cruz e Vera Farmiga não conseguem realmente mostrar por que estão nessa lista durante seus filmes. Acho inconcebível que a Academia tenha se esquecido da performance aclamada de Juliane Moore (já passou da hora de ela ganhar um Oscar!) em O Direito de Amar. É uma lista meio fria este ano, salvo por duas exceções: Anna Kendrick, de Amor Sem Escalas, que não tem nenhuma cena incrível, mas ganha pelo conjunto da obra, em especial pelo bom preparo ao desnudar uma personagem que parecia completamente diferente à primeira vista. Quem não se impressiona com a cena em que ela demite virtualmente um senhor de idade? Sentimos toda a sua angústia, toda a sua vontade de consolá-lo, de se desmoronar ali, sendo reprimida pela necessidade de fazer um bom trabalho e impressionar ao chefe. Então, retiro o que disse: essa cena consagra, sim, a interpretação de Kendrick como coadjuvante. Mas quem realmente apresentou todos os elementos necessários à estatueta foi Mo’Nique, de Preciosa. Primeiro, porque passamos o filme inteiro odiando o monstro que ela interpreta. Mas esse é só o primeiro passo. Em sua última cena, Mo’Nique (contracenando com uma Mariah Carey irreconhecível até mesmo por ter tido um bom desempenho no filme) nos mostra que aquele monstro também é um ser humano, que também sente, chora e viveu toda uma vida que a transformou no que é. E o mais interessante: isso de forma alguma é uma tentativa clichê de perdão. Nós não a perdoamos, e Mo’Nique não tem a pretensão de que o façamos. Mas a profundidade de sua interpretação, definitivamente, faz com que torçamos por ela, que vencerá tranquilamente.
Melhor Ator
-Jeff Bridges (Coração Louco)
-George Clooney (Amor Sem Escalas)
-Colin Firth (O Direito de Amar)
-Morgan Freeman (Invictus)
-Jeremy Renner (Guerra ao Terror)
Antes de qualquer coisa, tenho que ressaltar minha admiração por Morgan Freeman, que interpretou Nelson Mandela em Invictus. Mandela, quando indagado sobre que ator deveria interpretá-lo quando fizessem um filme sobre ele, não pensou pra responder “Morgan Freeman”. Em 2009, seu desejo se realizou. Freeman representa muito na indústria cinematográfica mundial, não se enganem. E sua interpretação aqui faz jus a tudo o que ele representa. Mas, infelizmente, não é ele o nome do Oscar 2010. Jeremy Renner, protagonista de Guerra ao Terror, fez um trabalho digno do papel que interpretava, mas não tem cacife pra concorrer com qualquer outro que está nessa lista. George Clooney, que eu nunca achei grande coisa e até hoje não me conformo com a estatueta que levou, consegue justificar sua indicação nos 15 minutos finais de Amor Sem Escalas, mas não mais que isso, não há comparação possível com os 3 gigantes que concorrem com ele este ano. O grande favorito é Jeff Bridges, que realmente manda muito bem em sua interpretação de um cantor de sucesso em seu momento de queda, em que todos são fãs do seu trabalho, exceto quem paga o salário. Não faz feio, e justifica os prêmios que ganhou. Mas quem realmente me chamou a atenção nesta lista foi Colin Firth, o único que eu não vi em ação, por motivos alheios à minha vontade. Mas só o trailer me faz ficar impressionado com a emoção que Firth passa ao interpretar um homem que perdeu a razão pra continuar vivendo. Seu rosto e sua expressão facial, em todas as cenas que vi são de uma profundidade que impressiona. Ano passado, lembro-me muito bem da badalação em cima de Mickey Rourke, de O Lutador. Eu não achava que ele merecia mais que Sean Penn, com sua incrível interpretação em Milk, e resolvi nadar contra a maré em Penn como vencedor. A Academia me deixou muito feliz ano passado. Este ano, não tenho material suficiente pra apostar tão cegamente em Colin Firth. Por isso, mantenho meu palpite em Jeff Bridges, mas minha torcida está inteiramente pra Firth.
Melhor Atriz-Sandra Bullock (Um Sonho Possível)
-Helen Mirren ("The Last Station")
-Carey Mulligan (Educação)
-Gaboury Sidibe (Preciosa)
-Meryl Streep (Julie & Julia)
Uma categoria muito interessante este ano. Começo por Helen Mirren, cujo trabalho não pude conferir. Ela é uma das atrizes mais queridas pela Academia e, sem dúvidas, tem lá seus votantes este ano por conta disso. Mas também não será ela o nome a ser chamado ao palco desta vez. Gaboury Sidibe, nossa querida Precious, fez um trabalho incrível, emocionou e impressionou. Não dá pra dizer que não merecia o Oscar, porque merecia. Mas este ano também não será dela. Por fim, a jovem Carey Mulligan interpretou muito bem a estudante Jenny, seduzida por um homem mais velho, encontrou um mundo do qual não conseguia mais sair, e por ele fez uma escolha arriscada: abandonou sua “Educação” e teve que lidar com todas as conseqüências disso. Mulligan conduz muito bem o filme, e honra a lista das indicadas – em que, aliás, todas as 5 merecem estar, o que me deixa muito satisfeito. Mas vamos à briga real, entre Sandra Bullock e Meryl Streep. Streep já figura entre as indicadas tão frequentemente que a impressão que eu tenho é de que a Academia diz “ah, vamos deixar pro ano que vem, este ano votemos na fulana, porque nem tão cedo ela vai aparecer aqui de novo”. E é assim que Streep, com uma estatueta de coadjuvante e outra de principal (a última vencida em 1986), vem perdendo o prêmio ano após ano. Este ano, perderá para a infinitamente inferior Sandra Bullock, que fez um bom trabalho em Um Sonho Possível, mas nem de longe tem o mesmo talento que Meryl. Detalhe: Bullock foi, ontem, agraciada com o Framboesa de Ouro como pior atriz de 2009, por “All About Steve”. Com um belíssimo fair-play, subiu ao palco, agradeceu pelo prêmio e fez muitas piadas sobre o filme e sobre si mesma. É essa postura, o conjunto da obra e o fato de Sandra Bullock ter sido o maior nome feminino das bilheterias em 2009, que lhe darão o Oscar, mesmo indicada pela primeira vez.
Melhor Filme
-Amor Sem Escalas
-Avatar
-Bastardos Inglórios
-Distrito 9
-Educação
-Guerra ao Terror
-Um Homem Sério
-Preciosa
-Um Sonho Possível
-Up! - Altas Aventuras
O grande momento, que este ano não será tão grande assim. Afinal, a briga está entre Avatar e Guerra ao Terror, dois filmes que, nem de longe, fazem jus ao histórico de vencedores do Oscar. Tanto ano passado quanto este ano, temos pelo menos uns 3 nomes infinitamente superiores a ambos, sendo que ano passado os superiores eram realmente os favoritos, e o melhor realmente venceu. Além de tudo, temos 5 candidatos extras, que entraram pelo novo sistema de cotas da Academia: Up!, na cota da animação, Educação, na cota do filme inglês, Um Homem Sério, na cota da comédia, Um Sonho Possível, na cota dos filmes que inesperadamente estouraram em bilheteria nos EUA, e Distrito 9, na cota do “o que raios esse filme ta fazendo aí?”. Katherine Bigelow teve, na verdade, uma grande sacada, trabalhando em um filme que exalta totalmente os EUA, insuflando a batalha contra o terrorismo, que deixou uma ferida até hoje aberta no país. É daí que vem o favoritismo de seu filme, e não por qualquer sinal de superioridade. Avatar, por outro lado, é um filme que em muitos momentos se transforma em animação, completamente ancorado na tecnologia, e com um roteiro tão raso quanto um pires da sua casa. Nessa brincadeira, o genial Bastardos Inglórios, o emocionante Preciosa e o bem bolado Amor Sem Escalas acabaram sendo esquecidos, sabe-se lá porquê. Minha torcida é, e sempre foi, de Bastardos, e espero ficar feliz com o resultado. Entretanto, entre mortos e feridos, fico com Avatar como palpite oficial, que ao menos revolucionou e re-impulsionou a indústria cinematográfica e, por isso, merece reconhecimento.
Conclusão:
Ator coadjuvante: Christoph Waltz
Atriz coadjuvante: Mo’Nique
Ator: Jeff Bridges (torcida-monstro pra Colin Firth)
Atriz: Sandra Bullock (torcida-mega-monstro pra Meryl Streep)
Filme: Avatar (torcida pra Bastardos Inglórios)
Agora, tá na hora de conferir os resultados! A festa tá começando! FUI!!!
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