segunda-feira, 26 de julho de 2010

Poema intraduzível

Saudade da família, saudade da doçura.
Saudade das broncas, saudade da ternura.
Saudade das “brigas” pela melhor pizzaria.
Saudade do conforto e da eterna companhia.

Saudade dos medos, da insegurança.
Saudade de entender que não sou mais criança.
Saudade dos churrascos da época da escola.
Saudade de morrer de medo de jogar bola.

Saudade de ser, estar, ter e haver.
Saudade de quando eu aprendia pra valer.
Saudade do sucesso, saudade do louvor.
Saudade de ter tido um futuro promissor.

Saudade da mudança, da novidade.
Saudade da empolgação de uma nova cidade.
Saudade da amizade mais “por acaso” da história.
Saudade desse amigo, que sempre está na memória.

Saudade da “facul”, das sessões YouTube.
Saudade da turma, daquele nosso “clube”.
Saudade da vida que sempre pedi a Deus.
Saudade de ter tido amigos como os meus.

Saudade de quem me salvava do turbilhão.
Saudade de você, irmãzinha do coração!
Saudade dos cochichos com a luz apagada.
Saudade do amigo, saudade da risada.

Saudade do meu sorriso, daquela simetria.
Saudade de quem sabe como fui um dia.
Saudade de não saber o que era sofrimento.
Saudade de tudo, antes daquele momento.

Saudade de cada dia ser um aprendizado.
Saudade de sempre ter a solução ao lado.
Saudade do sucesso e fracasso compartilhados.
Saudade de quase nunca trabalhar calado.

Saudade de quem passou, saudade de quem ficou.
Saudade até mesmo de quem nunca me amou.
Saudade da união, sentir a amizade pura.
Saudade do recente, quanto será que dura?

Saudade de deitar, dormir abraçadinho.
Saudade de ter um colo, saudade do carinho.
Saudade, sim, de uma pessoa querida.
Saudade de amar como já amei na vida.

Saudade de querer que as coisas boas se concentrem.
Saudade de acreditar que tudo dura para sempre...

(Luiz Gustavo Cristino - 25/7/2010)

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