segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

1001 discos para ouvir antes de morrer - Back to Basics

Bom, acho que é de conhecimento geral minha admiração pela música pop, e principalmente pela cantora Christina Aguilera. Pois bem, hoje eu estava na FNAC e encontrei o livro "1001 discos para ouvir antes de morrer". Como eu imaginava o disco Back to Basics está na lista, e é o único dela. Achei o texto sobre o CD extremamente interessante e gostaria de compartilhar com vocês!



"Divertido" e "funkeado" são termos pouco usados quando artistas redescobrem suas raízes ou reconhecem suas influências. Com um desdém pelas convenções que façam com que pareça uma herdeira de Madonna, Christina gravou um álbum ambicioso que é ambas as coisas ao mesmo tempo.

Stripped, de 2002, juntava sexualidade afiada com lamentos emotivos. Back to Basics, de 2006, remete aos dois extremos de seu predecessor: em "Still Dirrty", declara: "continuo indecente por dentro", enquanto a impressionante "Hurt" é uma sucessora natural da belíssima "Beautiful". Entretanto, enquanto Stripped dinamitava as barreiras do pop descartável, este disco está cheio de prazeres ainda menos previsíveis.

A primeira metade é dominada pelo DJ Premier, do Gang Starr. As batidas hip-hop se misturam às melodias jazzísticas, tornando agradável até mesmo "Thank You", uma mixagem de mensagens de vozes de fãs para seu ídolo. O disco conta com uma participação de Steve Winwood em "Makes Me Wanna Pray" e a voz notável de Christina paira sobre a música. Continuando a trajetória de sua espetacular versão de "Car Wash", Christina está em grande forma, sobretudo na irresistível "Ain't No Other Man". Em um plano superior em relação às suas colegas, as letras de Christina falam sobre redenção ("Hurt"), pecado ("Mercy On Me") e traição ("F.U.S.S."). A segunda metade do álbum, primorosamente eclética, faz uso das vozes que Christina gostava de imitar quando criança - de Billie Holliday a Ella Fitzgerald.

Com uma arte que é ao mesmo tempo clássica e explícita, Back to Basics é uma experiência a ser saboreada. É fácil entender por que Christina lamentou o fato de que o download de músicas esteja rapidamente tornando obras assim obsoletas. Se existe alguém capaz de evitar que isso aconteça, é ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário