sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sessão Youtube

Fala Galera!

Uma das primeiras ideias que eu tive foi a da seção de sexta, que também é uma sessão: a Sessão Youtube. É claro que tanto a ideia quanto o nome vieram dos melhores momentos que passei com meus queridos amigos da UNICAMP, em que passávamos repetindo as frases e bordões utilizadas em vídeos engraçados do Youtube. E são muitos hein. Se for pra fazer uma eleição, eu diria que temos a figuraça do Youtube, a Dona Sônia ("Fala, Sônia!"), a reportagem do Youtube, extremamente profissional e de bom gosto, do SBT, que mostra a dificuldade das profissionais do séquisso, que apenas recebem 5 reais pra fazer caridade ("Velhinho que comeu e não pagou"), e também a canção do Youtube, o hit indiano "Rivaldo, sai desse lago!". Além deles, temos também o momento religioso do Youtube, com a nossa querida "Menina Pastora Louca". Mas, reinando supremo sobre todos eles, está ela... a DIVA do Youtube. A rainha dos bordões... e de muitas outras coisas. Ela que fez nossa alegria por muito tempo, e continuará sempre fazendo... Maria Alice Vergueiro, em...

TAPA NA PANTERA
Porque a Pantera estava quieta, mas veio alguém e PÁ na Pantera!

          Maria Alice Vergueiro é a grande estrela dessa série de vídeos divertidíssimos que foi lançada em 2005 e virou febre na internet. Só os links do primeiro vídeo somam 4,5 milhões de acessos! É mole? Sua repercussão até rendeu a Maria Alice um papel na minissérie "O Sistema" na Globo, em 2007. Aliás, a minissérie era péssima e eu só assisti por causa da própria Maria Alice, que teve ótimos momentos. Em função disso, e como uma homenagem aos meus melhores amigos, que viveram comigo essa fase incrível proporcionada por esses vídeos, decidi retirar os vídeos do baú e publicar aqui no blog, com uma pequena introdução anterior aos vídeos, seguidos de uma lista de frases e bordões memoráveis de Maria Alice, tarefa árdua, pois selecionar as frases mais memoráveis no meio de tanta coisa divertida é bem complicado, mas fiz o melhor que pude (tomando o cuidado de não escrever o vídeo inteiro, que é uma tendência às vezes! hehehe). Espero, sinceramente, que agrade.

          O vídeo original, "Tapa na Pantera", é o real sucesso, e o responsável pela projeção de Maria Alice Vergueiro entre os jovens. Divertidíssimo, mostra Maria Alice explicando seu ponto de vista a respeito do consumo da maconha na terceira idade.


Frases e bordões:

"VOCÊ QUER???"
"Claro, eu fumo no cachimbo. Porque o que faz mal é o papelzinho."
"Tá tudo quieto, assim, a Pantera tá quieta, de repente dá um tapa PÁ na Pantera e a Pantera começa... a perceber coisas... que o chamado mundo real não percebe."
"Você fica... de repente você fica... meio assim... uma coisa tipo... cê vai, entende? Cê... vai? Depois, você se pergunta, a si mesmo... pra onde eu fui????"
"Me chamavam... ahn... 'Helena!' e eu olhava e dizia 'Será que sou eu?'"
"Eu fumo há 30 anos, todos os dias - todos os dias, não pulo nenhum! - e não tô viciada!"
"Esqueci o nome do chá..."
"Fuma aqui e toma um chá, fuma aqui e toma um chá!"
"A risada é, sem dúvida... um grande... radar!"

          O segundo vídeo, intitulado no Youtube como "Entrevista com a Pantera", mas cujo título oficial é "O Sucesso é um barato!", mostra uma pequena entrevista com a Pantera, em que ela revela como está lidando com a fama instantânea, o que fazer para suportar o ônus intrínseco a ela, e até dá conselhos por telefone à amiga, Verônica, que liga no meio da entrevista.



Frases e bordões:

"Alô, alô meninos... tu-tudo bem???"
"Maconheira??? Nããão!!!"
"A musa dos maconheiros... é, também num sei..."
"Não, menino, eu não tenho computador!!!"
"Não me vi!!!"
"Chego até o elevador, volto! Chego até o elevador, volto! Porque eu fico pensando aqui, com os meus botões... E se me agarrarem na rua??? E se me pegarem e me jogarem no chão???"
"Em vez de ser deste lado D... C é D!"
"Nada como você ter alface... e também... uma plantaçãozinha, junto com o galinheiro... essa é a verdadeira reforma agrária, Verônica!"
"O que que é o perfil do orkut?"
"Eu nao vi esses recados ainda, preciso ver!!!"
"Eu quero me comunicar!!!"
"A Pantera Negra... meio saci-pererê... levando um tapa PÁ!!!"
"Vai riiindo..."
"A quem ponto chegaaaaamos!!!"
"E não me procurem! Eu procurarei vocês!"

          O terceiro vídeo é, na verdade, um merchandising, ou seja, uma PROPAGANDA, PUBLICIDADE, de um filme que tá entrando aí é... dois copos de água... e cinco pedras de gelo... não, é... duas pedras de gelo... e cinco litros d'água... bom, não importa, continua bastante engraçado, sem perder a essência dos vídeos normais. Vejam aí! (o filme é "Muito gelo e dois dedos de água")



Frases e bordões:

"Vocês não sabem... o que me aconteceu!"
"Duas pedras de gelo e cinco litros d'água... não, eu acho que cinco litros d'água é muita água! Porque afoga, afoga!"
"Eu fiquei realmente chateada!"
"Rarará!!! Mas nós não somos bobos não, não é verdade, netinhos?"
"Gug... goog... GOOGLE!!!"
"É a Laura Cardoso que faz esse papel!"
"Alô Laura??? OI LAURA!!!!"
"Mas tudo bem! Eu aceitei o dublê!"
"Tô contando pros netinhos!"
"O nome tá legal, você bota num copo de gelo, assim, balança, fica com a sensação de que está tomando um whisky... e se você estiver aberto ao que está acontecendo agora, você fica... bêbado!"
"Eu não sei muito bem, mas eu tô me sentindo muito bem!"
"Então é isso, se não for isso, é quase isso!"

          O quarto e último vídeo, "Tapa na Ioiô", nada mais é que uma publicidade muito escancarada da pequena produtora que lançou a Pantera, a Ioiô filmes. A qualidade caiu bastante, há um certo exagero caricatural na personagem que não existia, ou era bem discreto, anteriormente, além de haver repetição desnecessária de muitos bordões antigos em detrimento de outros novos. Pouca coisa é realmente aproveitável, mas ainda tem sua graça. Confiram:



Frases e bordões:

"Vai ver, vai ver! Vai ver pra crer!"
"É isso que a gente precisa, de pessoas... que acreditem nas idéias!!!"
"A Pantera Negra... voadora aaaaaaaaaaaaaaaaaa!"

          Por fim, deixo-os com o grande clássico do Funk,o Funk do Tapa na Pantera, um dos pioneiros na arte de "funkear" vídeos clássicos do Youtube e, de longe, o melhor Funk já realizado a partir de um vídeo. Espero que tenham gostado, e divirtam-se!!!



Observação: este post é dedicado especialmente a vocês, que passaram boa parte da faculdade repetindo comigo os N bordões da Pantera, e também a vocês que tiveram que aturar isso o tempo todo e até entraram na dança de vez em quando. Não preciso citar nomes, porque vocês sabem exatamente quem são. Obrigado por cada momento, valeu muito e ainda vale!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Especial - Oscar



A seção de quinta, o Filme da Semana, vai ter uma bela folga em função da festa do Oscar, que já já chega aí. Com meu grande interesse por cinema e, conseqüentemente, pelo Oscar, ele não poderia deixar de ser um assunto de destaque no blog. Por isso, começa aqui a odisséia dos indicados ao Oscar, que culminará em 1 semana de análise de todas as categorias, após eu ter visto o máximo de filmes concorrentes que puder. Por ora, comentarei as indicações e minhas opiniões sem ter visto quase nenhum filme, baseando-me apenas no que conheço e no que leio. Deixarei meus comentários em itálico para que seja mais fácil localizá-los. Comecemos:

Melhor Documentário
"Burma VJ", de Anders Østergaard and Lise Lense-Møller
"The Cove"
"Food, Inc.", de Robert Kenner and Elise Pearlstein
"The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers", de Judith Ehrlich and Rick Goldsmith
"Which Way Home", de Rebecca Cammisa

Melhor Documentário de Curta-metragem
"China's Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province", de Jon Alpert e Matthew O'Neill
"The Last Campaign of Governor Booth Gardner", de Daniel Junge e Henry Ansbacher
"The Last Truck: Closing of a GM Plant", de Steven Bognar e Julia Reichert
"Music by Prudence", de Roger Ross Williams e Elinor Burkett
"Rabbit à la Berlin", de Bartek Konopka e Anna Wydr

Melhor curta de animação
"French Roast", de Fabrice O. Joubert
"Granny O'Grimm's Sleeping Beauty", de Nicky Phelan e Darragh O'Connell
"The Lady and the Reaper (La Dama y la Muerte)", de Javier Recio Gracia
"Logorama", de Nicolas Schmerkin
"A Matter of Loaf and Death", de Nick Park

Melhor Curta-metragem de Ficção
"The Door", de Juanita Wilson e James Flynn
"Instead of Abracadabra", de Patrik Eklund e Mathias Fjellström
"Kavi", de Gregg Helvey
"Miracle Fish", de Luke Doolan e Drew Bailey
"The New Tenants", de Joachim Back e Tivi Magnusson

Curta, curta de animação, documentário e documentário curta. Essas são aquelas categorias x, que ninguém sabe, ninguém viu. Com raríssimas exceções como o excelente clássico "A Marcha dos Pinguins" (La Marche de l'Empereur, França, 2005), só quem realmente trabalha com cinema assiste aos candidatos dessas categorias. Por isso, não tenho a menor idéia do que palpitar. Pesquisarei bastante e postarei aqui o que acredito no momento oportuno. Partamos para o bloco "som":

Melhor Edição de Som
Christopher Boyes e Gwendolyn Yates Whittle ("Avatar")
Paul N.J. Ottosson ("Guerra ao Terror")
Wylie Stateman ("Bastardos Inglórios")
Mark Stoeckinger e Alan Rankin ("Star Trek")
Michael Silvers and Tom Myers ("Up - Altas Aventuras")

Melhor Mixagem de Som
Christopher Boyes, Gary Summers, Andy Nelson e Tony Johnson ("Avatar")
Paul N.J. Ottosson e Ray Beckett ("Guerra ao Terror")
Michael Minkler, Tony Lamberti e Mark Ulano ("Bastardos Inglórios")
Anna Behlmer, Andy Nelson e Peter J. Devlin ("Star Trek")
Greg P. Russell, Gary Summers e Geoffrey Patterson ("Transformers: A Vingança dos Derrotados")

Melhor Trilha Sonora Original
James Horner ("Avatar")
Alexandre Desplat ("O Fantástico Sr. Raposo")
Marco Beltrami e Buck Sanders ("Guerra ao Terror")
Hans Zimmer ("Sherlock Holmes")
Michael Giacchino ("Up - Altas Aventuras")

Melhor Canção Original
"Almost There", de "A Princesa e o Sapo" (Música e Letra de Randy Newman)
"Down in New Orleans", de "A Princesa e o Sapo" (Música e Letra de Randy Newman)
"Loin de Paname", de "Paris 36" (Música de Reinhardt Wagner; Letra de Frank Thomas)
"Take It All", de "Nine" (Música e Letra de Maury Yeston)
"The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)", de "Coração Louco" (Música e Letra de Ryan Bingham e T-Bone Burnett)

O bloco "som" é bastante interessante este ano. Talvez um dos melhores. Confesso que acho MUITO difícil que Avatar perca em Edição e Mixagem, já que o filme é tecnicamente impecável, mas Guerra ao Terror corre por fora. Tenho minhas dúvidas quanto à Trilha Sonora, porque não achei nada de tão interessante na de Avatar, e acredito (ou ao menos espero) que Sherlock Holmes e Up! podem surpreender nessa categoria. Canção Original é sempre um show à parte. Não consigo achar justo um filme com 2 ou 3 canções indicadas perder na categoria pra um com apenas uma, já que, sendo indicado mais de uma vez, o filme é claramente superior no quesito canção. Mas, no mundo real da votação da academia, ser indicado mais de uma vez na mesma categoria geralmente significa dividir votos, o que dá uma certa desvantagem às duas canções de A Princesa e o Sapo. Mesmo com a vitória de Coração Louco no Globo de Ouro, duvido que Nine perca essa. Agora, ao bloco "visual":
 
Melhores Efeitos Visuais
Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham e Andrew R. Jones ("Avatar")
Dan Kaufman, Peter Muyzers, Robert Habros e Matt Aitken ("Distrito 9")
Roger Guyett, Russell Earl, Paul Kavanagh e Burt Dalton ("Star Trek")

Melhor Maquiagem
Aldo Signoretti e Vittorio Sodano ("Il Divo")
Barney Burman, Mindy Hall e Joel Harlow ("Star Trek")
Jon Henry Gordon e Jenny Shircore ("The Young Victoria")

Melhor Direção de Arte
Rick Carter, Robert Stromberg, Kim Sinclair ("Avatar")
Dave Warren, Anastasia Masaro, Caroline Smith ("O Mundo Imáginário do Dr. Parnassus")
John Myhre, Gordon Sim ("Nine")
Sarah Greenwood, Katie Spencer ("Sherlock Holmes")
Patrice Vermette, Maggie Gray ("The Young Victoria")

Melhor Fotografia
Mauro Fiore ("Avatar")
Bruno Delbonnel ("Harry Potter e o Enigma do Príncipe")
Barry Ackroyd ("Guerra ao Terror")
Robert Richardson ("Bastardos inglórios")
Christian berger ("A Fita Branca")

Melhor Figurino
Janet Patterson ("Bright Star")
Catherine Leterrier ("Coco Antes de Chanel")
Monique Prudhomme ("O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus")
Colleen Atwood ("Nine")
Sandy Powell ("The Young Victoria")

Efeitos visuais é covardia né? Vai dar Avatar com 99,99% dos votos. Não vi nenhuma das 3 maquiagens concorrentes, mas enxergo Il Divo como um forte concorrente, já que esse filme andou causando em diversos festivais e é uma forma de agraciá-lo. Direção de Arte é mais uma categoria técnica que Avatar deve levar, mas Nine pode ser uma ameaça. Ainda não vi a fotografia de Guerra ao Terror, mas acredito ser a única com alguma chance de tirar de Avatar, favorito também nessa categoria. Quanto ao figurino, a academia adora figurinos de época, e "The Young Victoria" sai na frente nesse caso, mas Nine é um nome possível e Coco Antes de Chanel um forte candidato. O próximo bloco é o que eu chamo de bloco dos "importantes", prêmios também supremos, porém restritos para determinada categoria.

Melhor Filme Estrangeiro
"Ajami" (Israel)
"El Secreto de Sus Ojos" (Argentina)
"A Teta Assustada" (Peru)
"O Profeta" (France)
"A Fita Branca" (Alemanha)

Melhor Animação
"Coraline e o Mundo Secreto"
"O Fantástico Sr. Raposo"
"A Princesa e o Sapo"
"The Secret of Kells"
"Up - Altas Aventuras"

Analisando o que está escrito aí em cima, Israel é sempre um bom prêmio político para esta categoria, mas o alemão A Fita Branca parece ser o grande favorito. O que me espantaria seria a vitória de um filme chamado "A Teta Assustada"... huahuahuahuahua. Não desmerecendo o filme, mas com esse nome e sem saber do que se trata, é difícil levar a sério né? Entre as animações, Up! reina supremo e, se alguém tirar esse prêmio dele, vai ser uma baita injustiça. Levando em conta que a animação está com 5 indicações, entre elas Melhor Filme, acredito que a academia está em sintonia com o que eu penso. Em seguida, o bloco "cerebral", que, como ficou claro, premia os cérebros por trás do que assistimos.

Melhor edição
Stephen Rivkin, John Refoua e James Cameron ("Avatar")
Julian Clarke ("Distrito 9")
Bob Murawski e Chris Innis ("Guerra ao Terror")
Sally Menke ("Bastardos Inglórios")
Joe Klotz ("Preciosa")

Melhor Roteiro Original
Quentin Tarantino ("Bastardos Inglórios")
Mark Boal ("Guerra ao Terror")
Joel e Ethan Coen ("Um Homem Sério")
Alessandro Camon e Oren Moveman (''O Mensageiro")
Bob Peterson e Pete Docter ("Up - Altas Aventuras")

Melhor Roteiro Adaptado
Jason Reitman e Sheldon Turner ("Amor Sem Escalas")
Neill Blomkamp ("Distrito 9")
Nick Hornby ("Educação")
Geoffrey Fletcher ("Preciosa")
Jesse Armstrong, Samon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche ("In the Loop")

Melhor Diretor
Kathryn Bigelow ("Guerra ao Terror")
James Cameron ("Avatar")
Jason Reitman ("Amor Sem Escalas")
Quentin Tarantino ("Bastardos Inglórios")
Lee Daniels ("Preciosa")

Não tenho um palpite em relaçao à edição, apenas sei que torcerei contra Avatar, por achar que o filme poderia, sim, ter sido mais condensado. Sua primeira metade é bastante cansativa. Roteiro Original, pra mim, só não é mais importante que Melhor Filme, e este ano acredito que seja do Bastardos Inglórios, que, nesta categoria, reina supremo. Mesmo que não reinasse, com 8 indicações, Tarantino não vai sair de mãos abanando, e a categoria de diretor já está merecidamente reservada para o James Cameron (correndo o risco de dar zebra e Cameron perder para a ex-mulher, Kathryn Bigelow, mas duvido muito que isso aconteça). Por fim, o Roteiro Adaptado deve ficar com Preciosa, mas isso é um palpite meu apenas. Amor sem Escalas pode levar o prêmio para não sair de mãos abanando. Segue o bloco mais divertido e interessante, o dos atores, o coração de qualquer filme:

Melhor Ator Coadjuvante
Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios")
Woody Harrelson ("O Mensageiro")
Matt Damon ("Invictus")
Stanley Tucci ("Um Olhar do Paraíso")
Christopher Plummer ("The Last Station")

Melhor Atriz Coadjuvante
Mo’Nique ("Preciosa")
Anna Kendrick ("Amor Sem Escalas")
Vera Farmiga ("Amor Sem Escalas")
Maggie Gyllenhaal ("Coração Louco")
Penelope Cruz ("Nine")

Melhor Ator
Jeff Bridges ("Coração Louco")
Morgan Freeman ("Invictus")
Jeremy Renner ("Guerra ao Terror")
George Clooney ("Amor Sem Escalas")
Colin Firth ("O Direito de Amar")

Melhor Atriz
Sandra Bullock ("Um Sonho Possível")
Meryl Streep ("Julie & Julia")
Carey Mulligan ("Educação")
Helen Mirren ("The Last Station")
Gaboury Sidibe ("Preciosa")

Rumores dizem que os prêmios para coadjuvantes já têm dono: Christopher Plummer ("The Last Station") e Mo'Nique (Preciosa). Em relação a Plummer, só declaro que o outro Christoph, o Waltz, levou o Globo de Ouro por Bastardos Inglórios e não tem por que não levar de novo aqui. Quanto à Mo'Nique, eu até concordo, mas vale ressaltar que ela foi bastante ajudada pela dupla indicação de Amor Sem Escalas, com Anna Kendrick e a excelente Vera Farmiga. Ainda não digeri a última vitória da Penelope Cruz, em Vicky Cristina Barcelona, de 2008, sobre a infinitamente superior performance da Amy Adams em Dúvida ("Doubt", 2009) então prefiro não falar nada a respeito da indicação dela em Nine. Maggie Gylenhaal pode ficar feliz com a indicação.
Já nos principais, Jeff Bridges e seu Coração Louco é o favorito ao prêmio. Mas fiquemos de olho em Colin Firth, que, apesar do trabalho extremamente elogiado, pode ser desfavorecido pela indicação única de seu filme, O Direito de Amar. No mesmo caso está Meryl Streep com sua mais que perfeita interpretação de Julia Child. Única representante de Julie & Julia em qualquer categoria, deve amargar mais uma derrota pra "não mais que correta" Sandra Bullock, estreando no Oscar este ano. É uma pena, depois de Dúvida e O Diabo Veste Prada ("The Devil Wears Prada", 2006) já enjoei de ver Streep perder com performances impecáveis, e realmente gostaria que este ano fosse diferente. Morgan Freeman e Jeremy Renner, ao que me consta, são indicações merecidas. Não se pode dizer o mesmo do fraco, mas, incrivelmente, já premiado, George Clooney. Carey Mulligan e Gaboury Sidibe devem se dar as mãos e comemorar, com certeza terão suas carreiras alçadas pelas indicações. Já Hellen Mirren, queridíssima pela academia, é um nome possível, porém improvável, ao prêmio este ano.
Vamos, enfim, ao Melhor Filme de 2009:

Melhor Filme
''Avatar''
"Um Sonho Possível'
"Distrito 9"
"Educação"
"Guerra ao Terror"
"Bastardos Inglórios"
"Preciosa"
"Um Homem Sério"
"Amor sem Escalas"
"Up - Altas Aventuras''

Preciso ressaltar que detestei a indicação de 10 filmes na categoria. Parece até que os 5 a mais entraram por sistema de cotas! Enfim, a indicação pra diretor é o que realmente vai legitimar os concorrentes importantes nesta categoria, ou seja: Amor sem Escalas, Avatar, Bastardos Inglórios, Guerra ao Terror e Preciosa. Minha opinião sincera: Avatar definitivamente não merece esse prêmio. Não que não seja um ótimo filme, mas em muitos momentos é praticamente uma animação! É necessário mais profundidade e bem mais atuação para merecer o prêmio de Melhor Filme. Nesse ponto, Guerra ao Terror e Bastardos Inglórios deixam bem menos a desejar. Um Sonho Possível teve uma repercussão tão grande nos EUA que acaba correndo por fora nessa categoria, e não será uma surpresa tão grande se levar. Infelizmente, apesar de tudo isso, ainda aposto em Avatar como o grande vencedor dessa premiação.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Game da semana (2) - Phoenix Wright: Ace Attorney

Phoenix Wright: Ace Attorney
Realizando nosso sonho de fazer justiça com os próprios Wiimotes

          Advogados sempre são motivo de desdém e piadas por serem vistos sempre como seres humanos corruptíveis, que, por dinheiro, são capazes de inocentar até o mais sangrento serial killer. O game em questão até mantém o estereótipo, de alguma forma, mas nos leva a um outro lado muito interessante da moeda: quais são os reais motivos para um jovem escolher a carreira de advogado? Não cabe a mim responder a essa pergunta. Nosso herói Phoenix Wright, porém, o faz com maestria, ao contar sua história pessoal para explicitar o motivo de seu desejo de sempre defender os oprimidos e injustiçados de levarem a culpa pelo que não fizeram. E é com essa premissa, de assumir o papel de um herói que sempre defende os injustiçados, que deve ser jogado Phoenix Wright: Ace Attorney (vulgo Phoenix Wright: o advogado fodão =D).

          Lançado ainda em 2005 para o recém-criado Nintendo DS, Phoenix Wright agora resolveu dar as caras no Wii, através do serviço de download do Wiiware (o canal de compras de jogos inéditos pela internet do console), por módicos 1000 Wiipoints (U$10,00), e, sem dúvidas, foi uma gigantesca aquisição para o rol de games presentes no canal. Embora seja exatamente o mesmo game lançado para GBA no Japão e para DS nos EUA, a CAPCOM perdeu um tempinho adaptando-o para os sistemas caseiros e para os sensores de movimentos. Não fosse pelo estilo gráfico e sonoro simples, não se notaria que o game não foi planejado para Wii. Simplicidade que, diga-se de passagem, deve-se ao fato de o game ter sido programado originalmente para Game Boy Advance, o antecessor do DS, o que, na realidade, impressiona, pois, apesar de obsoleta para a nova geração de games, é um game de qualidade imensa em se tratando de GBA.

          A lógica do game é simples: você é um advogado de defesa e, para tanto, deve partir sempre da premissa de que seu cliente é inocente (mesmo que não acredite nisso). Para complicar sua situação, todos os casos têm uma ou mais testemunhas que afirmam ter “visto tudo” e culpam o réu em questão. Seu objetivo é, então, analisar cada depoimento (ato chamado pelo game de “Cross-examination”), encontrar “furos” nos testemunhos dessas pessoas e apresentar, no momento correto, provas que desmintam suas alegações. Parece complicado, mas não é. Nos tribunais, o game é sempre um embate entre Phoenix e a testemunha, até que a testemunha seja desmascarada ou Phoenix perca o caso. Simples assim.


          A mecânica do jogo é extremamente simples: aperte A para passar os diálogos (que são MUITOS, mas o charme do jogo são as informações que o levam a compreender cada caso) e selecionar respostas e B para retornar. Nos tribunais, chacoalhar o Wiimote faz com que Phoenix faça mais perguntas para pressionar a testemunha, e esticar o braço com firmeza, como se estivesse mostrando uma prova para o juiz, leva Phoenix a fazer exatamente isso. Os botões + e – servem para acessar os arquivos do caso (“Court Record”), que contêm as provas adquiridas e os perfis de cada personagem envolvido.


          O grande motivo para se jogar este game é realmente o enredo riquíssimo (às vezes, você se sente no meio de um livro da Agatha Christie, mas interagindo com a história), cheio de detalhes, reviravoltas e personagens pra lá de carismáticos. A começar pelo próprio Phoenix, advogado que, ao início do game, tem que defender seu primeiro cliente na vida, Larry Butz, seu melhor amigo, cuja namorada foi assassinada no próprio apartamento. Para isso, ele recebe a assistência de Mia Fey, tutora e inspiração de Phoenix.


          Acompanhando a jornada de Phoenix, acabamos conhecendo melhor seu universo, e nos apaixonando por cada personagem. Logo no segundo caso em que pega, Phoenix se depara com o implacável promotor Miles Edgeworth, que é conhecido por nunca ter perdido um caso e utilizar de todos os meios – lícitos ou não – para conseguir o veredicto de culpado em seus embates jurídicos.


          Mas nem só de tribunal vive o advogado, já dizia sua querida Vovó Balbina. E ela estava certa! Do segundo caso em diante, Phoenix não defende mais amigos de longa data, e portanto não tem noção do que aconteceu realmente. Assim, é importante que você visite o local do crime e descubra tudo o que puder – até surrupiar provas no local do crime é permitido, já que o policial encarregado freqüentemente é uma besta quadrada que permite que advogados de defesa circulem livremente pelo local do crime. Antes disso, é fundamental que você converse com seu cliente, para ouvir sua versão dos fatos e estar a par de toda a situação antes de começar a se aventurar por aí.



          Uma vez coletadas todas as informações e evidências, o jogo o leva ao tribunal. E, sem dúvidas, esse é o momento mais esperado por qualquer um que esteja jogando, em que a adrenalina corre solta e você tem que ser mais esperto que as testemunhas de acusação. Para ter êxito em sua tarefa, é realmente importante que o caso esteja claro e bem montado em sua mente. É interessante até que o jogador monte sua própria versão do crime à medida que vai descobrindo os fatos, o que, de certa forma, é incentivado pelo game. Feliz ou infelizmente, o domínio do inglês é essencial para a apreciação do game – mas se você não souber inglês e tiver um parente muito legal que possa ir traduzindo tudo e te ajudando a compreender o enredo, a diversão é garantida (já concluí que jogar sozinho jamais é mais divertido que jogar em grupo; mesmo que o game aparentemente o obrigue à solidão, há sempre um modo de se jogar coletivamente: basta ser criativo). Caso contrário, muito da história se perde, e você – e Phoenix por tabela – vira uma barata tonta no tribunal. Lembre-se: desminta a testemunha equivocadamente em 5 ocasiões no julgamento, e o juiz se cansa e declara seu cliente culpado. Por isso, é necessário pensar bem antes de fazer qualquer afirmação ali dentro, e usar o máximo das informações obtidas pelas perguntas prontas que Phoenix faz às testemunhas quando você opta por pressioná-las durante o depoimento.


          Phoenix Wright: Ace Attorney é, em princípio, um jogo bastante restritivo: não permite multiplay, requer domínio do inglês e exige bastante raciocínio lógico. E é exatamente por isso que ele surpreende. Dentro de tantos pré-requisitos se esconde um game extremamente inteligente, e que garante grande envolvimento e entretenimento por muitas horas! Dos 5 casos existentes na versão de DS, 4 foram para o Wii, e o último estará disponível separadamente para download em maio, pelo preço simbólico de U$1,00 (eita povo caça-níquel!!!). Cada caso faz Phoenix e seus amigos mergulharem em um universo completamente diferente, e o jogador mergulha junto, tentando, ao mesmo tempo, compreender o que houve e acreditar no fraco e oprimido da vez que Phoenix defende. É um game cabeça, totalmente viciante e com temática e estilo 100% originais. Prato cheio para cérebros que gostam de trabalhar, o game apresenta um enredo muito bem bolado e interessante. Em um mercado cada vez mais infestado por games clichê dos tipos casual, de tiro e de corrida, Phoenix Wright: Ace Attorney é um oásis que surge em meio à tempestade de areia.




ENREDO – 10
O ponto alto do game, sem dúvida! Cada caso é bem escrito e tem a dose de mistério, intriga, ação e reviravoltas que o enriquecem completamente. Personagens – dos principais aos coadjuvantes – extremamente interessantes e carismáticos se combinam a enredos incríveis para garantir a imersão total do jogador no ambiente.

GRÁFICOS – 8
Pra quem adquire o jogo pensando ser um game para Wii, a frustração provavelmente é grande. Porém, para um game originalmente lançado para o GBA, é bastante agradável. Apesar da simplicidade, cenários e personagens apresentam características muito bem marcadas e desenhadas.

SOM – 7
Esse poderia ser melhor. As músicas são legais, mas se repetem constantemente, e as únicas vozes ouvidas são “Objection!”, “Hold it!” e “Take that!”, proferidas pelo próprio Phoenix ou seus rivais. O fato de as falas de Phoenix saírem pelo auto-falante do Wiimote é um diferencial muito legal para quem joga no console de mesa, ajuda a entrar no clima e diverte bastante.

JOGABILIDADE – 9
Não tem segredo, é apertar botões. As adaptações para Wiimote são bem legais, principalmente a sacada de apresentar provas esticando o braço como faz Phoenix. Dá vontade de gritar “Objection!!!” (ok, menos... =D). Mas ficar chacoalhando o controle toda vez que você quiser perguntar algo à testemunha é bastante irritante. Sorte que guardaram alguns botões para substituir as funções do sensor de movimentos, para quem não quiser usá-lo.

DESAFIO – 9
O jogo é bastante desafiante, exige muito raciocínio e cuidado para que não haja erros. É uma pena que nem todos os erros sejam penalizados. O game poderia ser um pouco mais severo nesse aspecto, mas é uma questão que está longe de estragar o desafio.

DIVERSÃO
- SINGLE PLAYER – 10
- MULTIPLAYER – 5
- REPLAY – 0
O game é planejado para ser jogado por uma pessoa só, e é assim que se tira o máximo proveito dele. Mas, embora alguns possam não gostar, não é difícil estar com 1 ou 2 amigos (que também tenham afinidade com o estilo, que fique claro!) para quebrarem a cabeça e solucionarem os casos. Afinal, 2 cabeças pensam melhor que uma, e o nível de habilidade necessário para jogar é praticamente abaixo de zero, sendo o controle uma mera ferramenta para ligar a mente do jogador ao jogo, nada mais. O fator replay, infelizmente, cai no zero absoluto. Uma vez desvendado o caso, ele perde completamente a graça. Quando o juiz condena seu cliente, o jogador é obrigado a recomeçar o julgamento do início, e não há nada mais frustrante que passar por tudo o que você já sabe novamente, realmente dá angústia! Ah, e nunca, JAMAIS, junte a galera pra jogar esse jogo. É tédio certo!

NOTA FINAL – 76
Phoenix Wright é um game que perde por exigir certos pré-requisitos dos jogadores e pela ausência total de fator replay. Apesar disso, é um jogo totalmente inovador, que foge de todo e qualquer clichê existente no mundo dos games até o dia de seu lançamento. Claramente, houve grande preocupação com roteiro e personagens, que foram planejados com excelência. São eles que fazem com que o jogador se sinta parte integrante daquela história, e, à medida que o tempo passa, mergulhe cada vez mais no universo dos tribunais e investigações. Depois do pioneirismo ao criar o gênero luta com Street Fighter e o survival horror com Resident Evil, a CAPCOM marca mais um ponto e apresenta algo completamente diferente de tudo o que já se viu, lançando mais uma franquia de sucesso no mundo dos games.